Filho de Sakineh diz que família não confia na suspensão do apedrejamento

AFP/Filippo Monteforte
O filho da viúva iraniana cuja pena de morte por um suposto adultério está sob revisão divulgou uma carta nesta quinta-feira (9) em que pede que a pressão internacional pela libertação da mulher continue.
Sajad Ghaderzadeh, filho de Sakineh, afirmou não confiar no anúncio feito na quarta-feira de que a pena de morte por apedrejamento está suspensa e será revisada. A família não teria recebido uma confirmação formal.
Sajad voltou a declarar a inocência da mãe. Ele cita na carta o intermédio do Brasil para pressionar o Irã.
Leia na íntegra a carta, transmitida pelo Comitê Internacional contra Execução e Apedrejamento:
"Em respeito ao comunicado do Sr. Ramin Mehmanparast, porta-voz do poder Judiciário: já que ainda não recebemos um documento oficial e legal que determine a interrupção da sentença de apedrejamento e execução, não aceitamos o anúncio. Eles precisam emitir documentos legais neste sentido.
Em respeito às afirmações de nossa mãe, já que a entrevista não ocorreu na presença de nosso advogado Sr. Hootan Kian, mas sim na presença de Azad Press, não podemos confirmar seu conteúdo, já que as circunstâncias em torno da entrevista não estão claras.
Sobre as queixas de abuso e violência física em respeito à esta entrevista, o Sr. Kian ainda não recebeu notícia alguma.
Em respeito às declarações de nossa mãe afirmando que temos uma visita semanal, a República Islâmica precisa nos mostrar evidências de que visitamos nossa mãe todas as semanas. Nossos nomes deveriam estar registrados lá para provar que estas pessoas estiveram lá para visitar a detida.
Em respeito a este comunicado, nós, os filhos de Sakineh Mohammadi Ashtiani, declaramos que nossa mãe é inocente e deveria ser libertada pela República Islâmica imediatamente e sem condições.
Eu tenho um anúncio a fazer ao mundo. Eu peço aos oito países industriais e a Turquia e ao Brasil e ao mundo inteiro que continuem pressionando o Irã, e não deem, o caso como resolvido.
Nós não temos documento oficial algum. Se a República Islâmica é sincera, deveria nos dar provas.
Por: Pb. Gidel de Morais

0 Comentários

Postagem Anterior Próxima Postagem