Lula discursa em 'inauguração popular" da transposição do rio São Francisco | Credito das fotos: Beto Macário/UOL |
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (19), em Monteiro (PB), que os seus opositores "rezem" para que ele não seja candidato à Presidência em 2018. Em clima de campanha, o petista disse que querem evitar sua volta ao poder.
"Nem sei se estarei vivo para ser candidato em 2018, mas sei que o que eles querem é tentar evitar que eu seja candidato. E está longe para decidir candidatura. Só quando tiver convenção do partido", disse.
"Agora, Ricardo [Coutinho (PSB), governador da Paraíba], quero olhar para sua cara, olhar na cara desse povo, olhar na tua cara, Dilma [Rousseff], e dizer: eles [que] peçam a Deus para eu não ser candidato! Porque se eu for, é para ganhar (...) Porque sei colocar o povo para sonhar com emprego e a salário. Pelo amor de Deus, não prejudique o povo brasileiro ", declarou.
Ao lado de Dilma, de governadores, senadores e deputados que o apoiam, Lula fez a "inauguração popular" do eixo leste da transposição do rio São Francisco, que fora inaugurado oficialmente pelo presidente Michel Temer (PMDB) no último dia 10.
A paternidade da obra, que começou a sair do papel em 2007, no primeiro governo Lula, virou tema de debate nos últimos dias.
Em se discurso hoje, o petista voltou a dizer que é vítima de perseguição política e judicial. "Vocês estão vendo o que querem fazer com esquerda, o que fizeram com a Dilma e o que estão tentado fazer comigo também. Só queria avisar, dar o recado para eles. De que, se eles quiserem brigar, vão brigar na rua para que o povo possa na verdade ser o senhor da razão nessa disputa", afirmou, sendo interrompido em vários momentos pelo público que o saudava.
Lula é réu em cinco processos e correr o risco de ficar inelegível em 2018 caso seja condenado em segunda instância. Ele também foi citado nas delações da Odebrecht, mas o conteúdo ainda não foi divulgado.
Multidão acompanha discursos dos ex-presidentes Lula e Dilma | Credito das fotos: Beto Macário/UOL |
"Digo todo santo dia: eu estou à espera de um empresário me denunciar. Que eles digam se tem um real na minha conta. Eu duvido que algum deles seja melhor ou igual a mim. Duvido! Aprendi a andar de cabeça erguida, de pescoço esticado, não por arrogância. Quero dizer para eles se querem me prejudicar criem vergonha", discursou.
Ao falar antes de Lula, Dilma afirmou que um "segundo golpe" está sendo articulado para impedir a candidatura do ex-presidente.
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