Natal – Depois de registrar déficit por três anos consecutivos desde 2013, o saldo da balança comercial do Rio Grande do Norte nos sete primeiros meses do ano foi positivo. A exemplo do ano passado, a balança fechou o período com um superávit de US$ 30,3 milhões. Isso representa um crescimento de 26,3% em comparação com o mesmo intervalo de 2016. Tanto as exportações quanto as importações também tiveram crescimento. Os dados estão na edição 25 do Boletim dos Pequenos Negócios, uma síntese conjuntural mensal divulgada hoje pelo Sebrae no Rio Grande do Norte.
De acordo com o estudo, até julho, o volume de exportações atingiu o patamar de US$ 143,9 milhões, um aumento de 10,1% em relação ao mesmo período de 2016. Já as importações tiveram um crescimento menor (6,5%) e chegaram ao volume de US$ 113,6 milhões. Por isso, o saldo da balança, que é o resultado das exportações menos as importações, foi positivo no acumulado do ano.
Os melões continuam liderando a pauta de exportação potiguar. Nesse intervalo, foram comercializadas 65,7 mil toneladas da fruta, o que gerou uma receita de US$ 39,2 milhões. O segundo item foi o sal que gerou uma negociação da ordem de US$ 13,9 milhões, equivalentes a venda de 659,4 mil toneladas do produto. As castanhas de caju também tiveram bons índices de comercialização no mercado internacional, chegando a um volume de 1,3 mil tonelada, que correspondeu a uma receita de US$ 13,1 milhões.
Já a pauta de importação foi encabeçada pelo trigo. Nos sete meses, o Rio Grande do Norte já importou 151,8 mil toneladas desse cereal, incluindo as misturas com centeio, totalizando US$ 26,4 milhões em operações. Já as células solares em módulos ou painéis também tiveram um bom desempenho nas importações, cuja receita chegou a pouco mais de US$ 16 milhões. As castanhas de caju também constam na relação dos produtos mais importados pelo estado. Foram 5,7 mil toneladas – 4,4 mil toneladas a mais que a quantidade exportada – equivalentes a uma negociação de US$ 10,2 milhões.
Trabalho
A análise do comércio internacional do estado é apenas um dos destaques do Boletim dos Pequenos Negócios. A publicação visa condensar, a cada mês, os principais indicadores e informações da economia potiguar capazes de influenciarem direta ou indiretamente o segmento das micro e pequenas empresas e as bases produtivas do estado. O material pode ser consultado na íntegra no portal www.rn.sebrae.com.br na seção “Boletim Econômico para MPE’s”.
O boletim traz ainda uma análise do mercado de emprego formal, que aborda os postos de trabalho contratados com carteira assinada. Segundo a publicação, no mês de julho, o Rio Grande do Norte registrou a criação de 963 vagas de trabalho formal, embora no acumulado dos sete primeiros meses de 2017 tenha havido a extinção de cerca de 3,8 mil vagas. Esse número corresponde a aproximadamente 25% das perdas de idêntico período em 2016 (15.376 vagas perdidas), confirmando uma tendência de reversão da extinção de vagas de trabalho.
Em relação à arrecadação do principal imposto que compõe as receitas do estado, em sete meses, o Rio Grande do Norte arrecadou cerca de R$ 2,9 bilhões referentes ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um crescimento nominal de 5,9% em relação a igual período em 2016. A série iniciada em 2013 mostra crescimento (também nominal) a cada período, em ritmo decrescente nos três primeiros intervalos, sendo de 31,4% o crescimento entre o primeiro e o último período da série. Como a inflação calculada pelo INPC (IBGE) teve índice de 30,4%, houve um pequeno crescimento real, nesse período.
Agência Sebrae
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