Bolsonaro desembarcou por volta das 16h40 na base aérea de Andrews, próxima da capital Washington — Foto: Presidência da República |
No dia em que completa 64 anos, o presidente Jair Bolsonaro viaja nesta quinta-feira (21) ao Chile para participar de um encontro de cúpula com outros chefes de Estado sul-americanos para discutir a criação de um novo fórum de desenvolvimento para o continente, chamado previamente de Prosul.
O novo organismo regional, idealizado pelo presidente chileno Sebastián Piñera, substituiria a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), criada em 2008, em um momento em que o continente era comandado majoritariamente por presidentes ligados à esquerda.
Integrado por chefes de Estado de perfil conservador, o novo Prosul ampliaria ainda mais o isolamento do governo de Nicolás Maduro na Venezuela.
O encontro de cúpula ocorrerá na sexta-feira (22). Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio Rego Barros, o objetivo dos líderes da América do Sul com a criação do Prosul é estabelecer um novo marco de coordenação, cooperação e integração regional "livre de ideologias, aberto a todos e 100% comprometido com a democracia e os direitos humanos".
Ainda de acordo com o porta-voz, além de Bolsonaro e Sebastián Piñera, outros cinco presidentes sul-americanos confirmaram presença no encontro: Mauricio Macri (Argentina), Mario Abdo Benítez (Paraguai), Martín Vizcarra (Peru), Iván Duque Márquez (Colômbia) e Lenín Moreno (Equador).
No sábado (23), último dia da viagem ao Chile, Bolsonaro participará de um café da manhã com empresários e terá uma reunião privada, seguida de outra ampliada, com Sebastián Piñera. Na ocasião, os presidentes do Brasil e do Chile farão uma declaração à imprensa e almoçarão juntos.
Comitiva presidencial
A viagem do presidente para Santiago ocorre no dia seguinte ao retorno de Jair Bolsonaro da visita aos Estados Unidos, onde se encontrou pela primeira vez com o republicano Donald Trump.
De volta ao Brasil, Bolsonaro entregou pessoalmente no Congresso o projeto de mudanças na previdência dos militares.
A previsão é de que o presidente brasileiro embarque para Santiago por volta do meio-dia desta quinta-feira. A comitiva presidencial deve desembarcar na capital chilena às 16h10.
Bolsonaro vai levar três ministros para a cúpula sul-americana: Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União).
Além dos integrantes do primeiro escalão, dois parlamentares do PSL também vão integrar a comitiva presidencial. Um deles é o filho Eduardo Bolsonaro (SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara. Eduardo também viajou com o pai para a visita oficial a Washington.
Um dos aliados mais próximos do presidente da República, com acesso à residência dos Bolsonaros, o deputado Hélio Lopes (RJ) também foi convidado a acompanhar a comitiva que vai ao Chile.
Apesar da previsão inicial de que a primeira-dama Michelle Bolsonaro viajaria com o marido para Santiago, o porta-voz da Presidência informou nesta quarta que ela desistiu de participar da viagem internacional.
Em Santiago, o presidente deve fazer uma transmissão ao vivo por uma rede social às 19h desta quinta. Em seguida, Bolsonaro será homenageado com um jantar na residência do embaixador do Brasil no Chile, Carlos Duarte.
"Ele [Bolsonaro] vai ter uma agenda privada, um jantar, uma recepção por parte do nosso embaixador, dos nossos diplomatas, até porque é o dia do seu aniversário. É muito justo que a diplomacia brasileira no exterior faça uma homenagem ao seu chefe de governo e chefe de Estado", disse o porta-voz a jornalistas nesta quarta.
Por G1 - Brasília
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