Júlio Rocha - Ascom/Itep
Uma das principais provas para materializar a presença do suspeito em uma cena de crime, as impressões papilares analisadas pelo Setor de Biometria e Papiloscopia Aplicadas do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP-RN) têm apresentado alta precisão na identificação das marcas digitais deixadas em locais de crime que subsidia as investigações policiais e a resolutividade de delitos praticados no Rio Grande do Norte.
Nesta semana, o setor conseguiu identificar por meio de procedimentos técnicos e utilização do sistema de arquivo digitalizado de impressões papilares do ITEP-RN, a identificação de um suspeito de estar em veículo modelo Onyx, que praticava assaltos no bairro de Candelária e que na última sexta-feira, 5, tentou assaltar um policial militar. Na ocasião um dos suspeitos foi baleado e morreu no local, enquanto dois conseguiram fugir.
“Com a perícia realizada no veículo conseguimos encontrar uma impressão e confrontamos com o sistema de documentação que apontou o portador daquela digital. A informação foi repassada para a polícia que investiga o caso e tem esse elemento a mais para chegar ao provável suspeito”, destacou o perito criminal Vitor Lopes.
Os peritos criminais que atuam na área de biometria e papiloscopia recebem diariamente demandas coletadas em locais de crime de todo o Rio Grande do Norte que contribuem para o combate à criminalidade. “Com o uso da tecnologia podemos chegar a uma prova incontestável para condenar ou inocentar um suspeito, sendo um auxílio importante no processo para que a justiça seja feita”, destacou o perito Paulo Vale.
ITEP-RN identifica caso de falsidade ideológica
O trabalho pericial desenvolvido no ITEP-RN também atua na identificação de documentos falsos por meio de confrontos entre impressões digitais. Em uma das análises realizada em conjunto com o setor de Documentoscopia foi identificado um caso de uma mulher que possuía quatro documentos de identidade, com informações e nomes trocados, mas que permanecia a característica única da impressão digital.
“Recebemos essa demanda interna e analisamos cuidadosamente no sistema que apontou a mesma impressão nos quatro documentos de uma mesma pessoa que usava nomes diferentes e informações adulteradas”, destacou o perito Vitor Lopes. O caso está sendo investigado pela polícia.
Para combater esse tipo de fraude, o ITEP-RN está na fase de finalização de treinamento e instalação de equipamentos para implantar o RG biométrico que dará maior segurança no processo de identificação e será importante instrumento para a segurança pública.
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