Nos últimos 11 dias, 23 agentes de segurança, a maioria policiais penais potiguares, participam intensivamente do 2º Curso de Cinotecnia em Ambiente Prisional, promovido pela Secretaria da Administração Penitenciária do RN (Seap). Em uma rotina de mais de 15 horas de treinamento diário, homens, mulheres e os cães de trabalho são levados ao limite. Tanto que dos 33 inscritos, 10 se desligaram. E nesta sexta, dia 13, eles participaram de exercícios de embarque e desembarque de aeronave.
O coordenador do Curso, policial penal José Carlos, explica que os alunos foram selecionados depois de Teste de Aptidão Física (TAF) e Teste de Aptidão com Cães (TAC). Desde então, eles estão em treinamento intensivo, de domingo a domingo, dormindo na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), sede do Grupo Penitenciário de Operações com Cães (GPOC). “São 20 dias corridos. É um curso técnico muito difícil e puxado”, disse. As aulas acontecem nas unidades penais da Grande Natal e fazem parte do programa de capacitação de servidores.
Participam 14 policiais penais do RN, além de 1 policial penal do Acre, 1 policial militar do Choque do Ceará, 1 policial militar do Bope da Paraíba, 1 guarda municipal de Natal, 2 agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e 3 policiais civis, sendo um do Ceará e dois do RN. Dos 23 alunos, 4 são mulheres. O curso é ministrado por 15 policiais penais do RN e conta com a colaboração dos instrutores Volnei Vasconcelos e Jonas Gabriel, do Sistema Prisional de Santa Catarina, e do guarda municipal Polesi, de São Paulo.
O instrutor Volnei Vasconcelos ministrará o treinamento de faro e detecção. “Trabalhamos em Santa Catarina o cão para achar drogas, armas, explosivos e dispositivos eletrônicos”, disse. Ele trouxe na bagagem o ScentLogix-k9, um kit de assinatura de odor para treinamento dos cães na detecção de substâncias ilícitas e perigosas. “Recebemos no Brasil o primeiro kit com material para o odor do celular”, explicou. No curso são utilizados cinco cães da Seap e 8 cães de alunos de outros estados. “Trazer o próprio cão facilita no manejo”, explicou José Carlos.
Além do treinamento de procedimentos de segurança para embarque e desembarque de aeronave, realizado com a participação da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), foram concluídos os módulos de patrulhamento urbano com cães; condução e travessia de vias pluviais; procedimentos de segurança na condução de cães em ambiente prisional; guarda e proteção; faro e detecção; entre outros. Na próxima semana, os alunos farão rapel com cães; busca e resgate; além de tiro tático com cães.
O diretor do GPOC, André Peterson, disse que o treinamento com o uso do helicóptero capacitou os policiais penais nos protocolos de segurança e operacionais para o transporte dos profissionais e cães em operações aéreas. O curso vai capacitar agentes penitenciários e operadores da segurança pública para atuar com o auxílio de cães de trabalho nas diversas modalidades de controle, segurança interna e externa, bem como, proporcionar informações e conhecimentos de anatomia, sistemas de treinamento, comportamento canino, fisiologia, cinocultura, entre outros necessários à implantação e a manutenção do emprego de cães nas unidades do Sistema Penitenciário.
SEAP/RN/ASSECOM
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