NOTA TÉCNICA Nº 05/2020/SESAP-SUVIGE/SESAP-CPS/SESAP- SECRETÁRIO
O cenário de EMERGÊNCIA EM SAÚDE PÚBLICA por doença respiratória, causada pelo novo coronavírus, conforme orientação da Organização Mundial de Saúde – OMS, revela a necessidade de divulgação de informações sobre o novo vírus na perspectiva orientar os profissionais de saúde na esfera estadual e municipal nas ações de resposta rápida, efetivas, frente a um caso suspeito do novo coronavírus. Ressaltamos a importância desse, uma vez que se aproxima a o período de sazonalidade do vírus Influenza, tendo sua sintomatologia semelhante.
A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte, por meio da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica – SUVIGE, vêm fortalecer as recomendações da OMS, com a finalidade de alertar os profissionais de saúde quanto há um possível caso sintomatológico de doença respiratória que tenha histórico de viagem para as áreas de transmissão nos últimos 14 dias e que atenda a definição de um caso suspeito do novo coronavírus (COVID-19).
CORONAVÍRUS
É um vírus que causa a síndrome respiratória aguda grave afetando principalmente o trato respiratório superior em seres humanos, em animais pode causar lesões nos sistemas nervosos respiratório, hepático, gastrointestinal e neurológico.
Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em
2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.
A infecção humana pelo novo coronavírus (COVID-19) o espectro clínico não está descrito completamente, bem como não se sabe o padrão de letalidade,
mortalidade, infectividade, e transmissibilidade.
Não há vacina ou medicamento específico disponível.
AGENTE ETIOLÓGICO: Família: CORONAVIRIDAE Os nomes oficiais são:
• Doença: doença de coronavírus (COVID-19)
• Vírus: síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2)
SINAIS E SINTOMAS: Os principais sintomas clínicos referidos são principalmente respiratórios (Exemplos: tosse, febre e dispneia - dificuldades ao respirar).
MEDIDAS QUE EVITAM A TRANSMISSÃO DO NOVO CORONAVÍRUS E OUTRAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
Até o presente momento não há conhecimento de formas de prevenção mais efetiva do que a não exposição ao vírus, sendo assim, não há precauções adicionais recomendadas para o público em geral, no entanto recomenda-se:
• Lavagem de mãos frequente com água e sabão, com duração mínima de
20 segundos, na indisponibilidade de água e sabão utilizar álcool em gel a 70%;
• Evitar tocar nos olhos, nariz e boca, com as mãos não lavadas;
• Evitar contato próximo com pessoas doentes;
• Ficar em casa quando estiver doente;
• Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com lenço de papel descartável, jogando-o no lixo após uso;
• Manter os ambientes bem ventilados;
• Limpar e desinfetar objetos e superfície tocados com frequência;
• Não compartilhar objetos de uso pessoal (talheres, pratos ou garrafas);
• Evitar aglomeração de pessoas;
• Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações;
• Evitar viagens à países com transmissão local do vírus, neste momento, e se possível evitar locais com casos suspeitos da doença.
TRANSMISSÃO DO COVID-19

As investigações sobre transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato está ocorrendo. É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada.
Alguns vírus são altamente contagiosos (como sarampo), enquanto outros são menos. Ainda não está claro com que facilidade o novo coronavírus se espalha de pessoa para pessoa, e nem estimativas de quantas pessoas podem ser infectadas, bem como não foi definido a forma de transmissão, acredita-se que tenha ocorrido principalmente por meio de gotículas, como também transmissão por aerossóis em pacientes submetidos a procedimentos de vias aéreas.
Assim, pode-se inferir que o modo de transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
• Gotículas de saliva;
• Espirro;
• Tosse;
• Catarro;
• Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
• Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Na população, a disseminação de MERS-CoV e SARS-CoV entre pessoas geralmente ocorre após contatos próximos, sendo particularmente vulneráveis os profissionais de saúde que prestam assistência a esses pacientes. Nos surtos anteriores de SARS e MERS os profissionais de saúde representaram uma parcela expressiva do número de casos, tendo contribuído para amplificação das epidemias.
A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARAS – CoV-2 é em média 7 dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do novo
coronavírus (COVID-19) sugerem que a transmissão possa ocorrer, mesmo sem aparecimento de sinais e sintomas.
Até o momento, não há informação suficiente de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas que uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O Período de incubação é 5,2 dias, podendo chegar até 12,5 dias, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.
DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO
Tendo como base os aspectos clínicos da doença, bem como o cenário epidemiológico que se apresenta, atualmente foram definidas as seguintes definições para casos suspeitos:
¹contato próximo é definido como: estar a aproximadamente dois metros (2 m) de um paciente com suspeita de caso por novo coronavírus, dentro da mesma sala ou área de atendimento, por um período prolongado, sem uso de equipamento de proteção individual (EPI). O contato próximo pode incluir: cuidar, morar, visitar ou compartilhar uma área ou sala de espera de assistência médica ou, ainda, nos casos de contato direto com fluidos corporais, enquanto não estiver usando o EPI recomendado.
Atualmente são considerados 16 países como países com área de transmissão ativa para definição de caso suspeito: China; Japão; Coreia do Sul; Coreia do Norte; Irã; Vietnã; Camboja; Tailândia; Emirados Árabes; Austrália; França; Itália; Singapura; Alemanha; Filipinas e Malásia.
a) DEFINIÇÃO DE CASO PROVÁVEL: Caso suspeito com teste inconclusivo para COVID-19 ou em teste positivo de pan-coronavírus.
b) DEFINIÇÃO DE CASO CONFIRMADO: Indivíduo com confirmação laboratorial para COVID-19, independente de sinais e sintomas.
c) DEFINIÇÃO DE CASO DESCARTADO: Caso suspeito com resultado laboratorial negativo para COVID-19 ou com confirmação laboratorial para outro agente etiológico.
d) DEFINIÇÃO DE CASO EXCLUIDO: Caso notificado que não se enquadrar na definição de caso suspeito. Nessa situação, o registro será excluído da base de dados nacional.
Setor :Núcleo de Epidemiologia do HRC.
Enfermeira: Aurilene Alves
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