PF encontra um dos maiores laboratórios de falsificação de moeda no Brasil

PF encontra um dos maiores laboratórios de falsificação de moeda no Brasil


A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (2/7) a Operação MATRIZ 188, desmantelando um laboratório gráfico de contrafação de cédulas falsas de ótima qualidade de 10, 20, 50 e 100 reais. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, em Birigui e Araçatuba, resultando na prisão em flagrante de três integrantes da organização criminosa investigada, que já vinha sendo acompanhada há mais de 12 meses pela PF. Todos os integrantes já possuíam passagens criminais, inclusive pelo crime de moeda falsa.

A organização criminosa utilizava maquinário diversificado e várias técnicas gráficas para simular os itens de segurança das cédulas verdadeiras. Há também suspeita de que possuam matrizes de cédulas de dólar, o que ainda está sendo objeto de investigação.

Nos últimos três anos, a ORCRIM, ora desarticulada, colocou no meio circulante brasileiro milhares de cédulas falsas, sendo que foram apreendidas e retidas no comércio e já contabilizadas pela PF: 996 exemplares de 10 reais; 58.738 de 20 reais; 15.234 de 50 reais; e 3.012 de 100 reais, sem contar com as apreendidas hoje, que ainda estão sendo contadas e periciadas. No total foram produzidas até o momento, por esta organização criminosa, 77.980 cédulas falsas, somando mais de R$ 2 milhões em dinheiro falso retirado do mercado brasileiro.

Além do laboratório na casa de um dos integrantes, foi encontrado um grande número de cédulas falsas, que seriam vendidas pela internet e enviadas via Correios. Este integrante não foi encontrado, estando foragido. No local foram apreendidas milhares de cédulas falsas prontas e em fase de confecção, impressão e acabamento. Também foi apreendida grande quantidade de aparatos para falsificação de moeda, como papéis, impressoras, tintas, equipamento gráfico pesado e material de acabamento.

Os investigados responderão pelos crimes de moeda falsa, cuja pena é de 3 a 12 anos de reclusão e pelo delito de organização criminosa, com pena de 3 a 8 anos de reclusão.

Os presos serão encaminhados à Cadeia Pública de Penápolis/SP, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

O nome da operação faz alusão aos números de série e características peculiares das cédulas contrafeitas pela referida organização criminosa.


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