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Polícia Civil e PF fazem operação contra rede de pedofilia em 4 estados |

Um técnico em informática de 43 anos foi preso na manhã desta quarta-feira (25) em São José do Rio Preto (SP) durante a Operação Black Dolphin, que investiga uma quadrilha de pornografia e exploração sexual infantil. Segundo a polícia, o suspeito é considerado o chefe da organização criminosa.
O homem foi preso dentro de casa, onde estava com o filho de 5 anos. A criança foi entregue para os avós. Com o suspeito, a polícia apreendeu máquinas fotográficas, computadores e pen drivers. O homem foi flagrado armazenando material pornográfico infantil.
Nesta manhã, a Polícia Civil começou a cumprir 14 mandados em várias bairros de Rio Preto e em outras cidades da região. Em Bálsamo (SP), um homem também foi preso na operação e deve ser levado para a delegacia em Rio Preto.
m Araçatuba (SP), dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos, um no bairro Vila Aeronáutica e um no bairro São João. Policiais apreenderam computadores e pen drivers.
A ação é coordenada pelos policiais de Rio Preto e tem mandados para serem cumpridos em quatro estados brasileiros, MG, RJ, RS e SP. Ao todo, são 219 mandados de busca e apreensão, além de dois de prisão.
O objetivo da ação é localizar arquivos digitais compartilhados na chamada deep web, conhecida como internet invisível para atividades ilegais, como a exploração sexual infantil.
Até as 9h30, 25 pessoas foram presas na operação, algumas delas em flagrante.
Investigação
Segundo a polícia, a investigação começou em 2018, quando os policiais descobriram um homem que pretendia vender a sobrinha para criminosos na Rússia.
Ainda de acordo com as investigações, o plano dele era levar a criança para a Disney da Europa e entregá-la aos criminosos na Rússia, alegando que ela teria desaparecido no parque. Até por volta de 9h, a polícia não havia informado se o técnico de informática preso nesta manhã tinha ligação com o que tentou vender a sobrinha.
A partir desse suspeito de 2018, os policiais começaram a monitorar a deep web, se infiltrando em mais de 20 comunidades desse perfil, e descobriram uma rede de predadores sexuais, principalmente infantojuvenis, que produzem, vendem e compram vídeos de crianças em situações de vulnerabilidade sexual.
De acordo com a polícia, foram encontrados mais de 10 mil contas de e-mails para esse tipo de crime. Além disso, foram encontradas mais de cinco clouds (nuvens) exclusivas com imagens de abusos infantis. As nuvens estavam abrigadas em países do leste europeu.
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Policial investiga computador apreendido durante operação Black Dolphin — Foto: Arquivo Pessoal |
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