Dose menor da vacina da Pfizer é segura e eficaz para crianças entre 5 e 11 anos, dizem fabricantes

Dose menor da vacina da Pfizer é segura e eficaz para crianças entre 5 e 11 anos, dizem fabricantes
Estudo contou com a participação de 2.268 participantes que tinham de 5 a 11 anos — Foto: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO


As farmacêuticas Pfizer e BioNTech, que produzem a vacina Comirnaty para o combate à Covid-19, anunciaram nesta segunda-feira, 20, o resultado de segurança e eficácia do imunizante para crianças entre 5 e 11 anos. 


Segundo comunicado enviado à imprensa, uma dose menor da vacina induziu uma resposta imune “robusta” na faixa etária. O ensaio de fase 2 e 3 contou com a participação de 2.268 participantes que tinham de 5 a 11 anos de idade. Os testes usaram um regime de duas doses de 10 µg com 21 dias de intervalo entre as aplicações, uma dose menor do que a de 30 µg usada para pessoas com mais de 12 anos. 


De acordo com as farmacêuticas, a dose menor utilizada em crianças teve resposta semelhante a dose maior aplicada em adolescentes e adultos. “As respostas de anticorpos nos participantes que receberam doses de 10 µg foram comparáveis ​​às registradas em um estudo anterior da Pfizer-BioNTech em pessoas de 16 a 25 anos de idade imunizadas com doses de 30 µg. A dose de 10 µg foi cuidadosamente selecionada como a dose preferida para segurança, tolerabilidade e imunogenicidade em crianças de 5 a 11 anos de idade. Estes são os primeiros resultados de um ensaio fundamental de uma vacina Covid-19 nessa faixa etária”, diz nota.


A vacina da Pfizer já recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em adolescentes de 12 a 15 anos. A autorização também concedida pelo FDA e pela EMA (agências regulatórias de saúde dos EUA e União Europeia), além de países como Reino Unido, Canadá, Chile, Uruguai, Israel, Dubai, Hong Kong, Filipinas, Cingapura e Japão. Na última quarta-feira, 15, no entanto, o Ministério da Saúde revogou a recomendação anterior da pasta para vacinação desse grupo. 


Na nota assinada pela secretária Rosana Leite de Melo, é argumentado que a nova indicação foi feita com base em algumas premissas, dentre elas: a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomendar a imunização de crianças e adolescentes; a evolução benigna de casos de Covid-19 em adolescentes, sendo a maioria assintomáticos ou oligossintomáticos; benefícios da vacina nesse público ainda não serem definidos com clareza; o risco, apesar de raro, de reações adversas; a redução na média móvel de casos e óbitos no Brasil. 


Decisão foi criticada por especialistas e alguns Estados como Rio de Janeiro e São Paulo mantiveram a imunização de adolescentes.


Jovem Pan

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