Equipe encontra pegadas e roupas que acredita ser de fugitivos da Penitencia de "Segurança Máxima" de Mossoró; veja fotos

Foto: Divulgação

As equipes que buscam pelos dois fugitivos da penitenciária federal do Rio Grande do Norte acreditam que por muito pouco os recapturaram na madrugada desta sexta-feira (16).

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Elas encontraram o que está sendo considerado o principal rastro deixado até agora pelos fugitivos.

No meio do mato, na zona rural de Mossoró, foram descobertas pegadas e recolhidas peças de roupa, toalha, lençol. Itens que, segundo investigadores, foram pegos em uma casa que fica a 7 km do presídio federal e que foi alvo de furto, na noite de quarta-feira (14), mesmo dia da fuga.

Para a força-tarefa responsável pelas buscas, tudo leva a crer que os dois fugitivos ainda estão na área. Um raio de 15 km em torno do presídio está sendo vasculhado. As buscas, agora, concentram-se na área onde as pegadas e peças de roupa foram achadas.

Quem são os foragidos

Os dois foragidos são Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, de 35. Eles têm longas fichas criminais que vão de roubos a sequestros, latrocínios e envolvimentos com organizações criminosas.

Os dois são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar, que também está preso na unidade federal de Mossoró. Deibson, inclusive, é apontado como um dos primeiros integrantes da facção criminosa no Acre, em 2013, segundo o promotor de Justiça do Ministério Público do Acre (MP-AC) Bernardo Albano, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Esta foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, criado em 2006, que atualmente conta com cinco presídios de segurança máxima.

De acordo com o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandoski, a fuga ocorreu por problemas no planejamento de uma reforma do presídio e o descuido com materiais de construção.

Fugiram por falhas no teto: A fuga foi realizada, inicialmente, pela luminária da cela, segundo o ministro. O movimento foi facilitado por falhas no revestimento ao redor da luminária. Em vez de o teto ser revestido por concreto, foi realizado um trabalho comum de alvenaria.

Passaram pelas tubulações: quando os detentos conseguiram sair pela luminária, de acordo com o ministro, eles entraram para o shaft -- parte onde ficam as tubulações --, e de lá conseguiram acessar o teto. A pasta afirmou que não havia nenhuma grade ou proteção, detalhe que faz parte do planejamento de construção.

Utilizaram ferramentas de construção: quando os criminosos ultrapassaram esses obstáculos, foram encontradas ferramentas usadas para a reforma do presídio. O ministro ainda relatou que os presos se depararam com um tapume de metal que protegia o local reformado, ultrapassaram a área e cortaram com um alicate as grades da penitenciária.






Por César Tralli/G1

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